sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

sábado, 1 de dezembro de 2007

codificando

Das fumaças saia dinheiro
Mais o ctrl alt
E sua tecnologia.

Nas calçadas as cóleras e seus deletes
As putas e seus versos
Os poetas e seus infernos

Nas ruas não há meninos
Nos meninos não há asfalto
No fundo da garrafa
O odor da rosa à essência da cor
Da cola.

Vi silva,vi batista
Vi vilela,vi calheiros
Na protuberância do circo brasileiro

Do sertão ao cerrado
Da caatinga ao extremo da América de trapos
Os rebanhos emergem
Os campos adormecem
Enquanto o império nos converte.

Marco o ponto
volto para casa
volto para o aconchego de minha mulher sagrada
Respiro,penso
Logo sento à mesa no lamento

Nutro a multidão
vou dormir liso
Com apenas o número
De minha identificação.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

. . .

Alguma coisa...
é!
Vejamos algo que nos inspire de forma circular e calma.
Vejamos algo nobre e simplificado.

Não quero obedecer a regras.
Não quero julgar sistemas.

Preciso de algo não vago.
Preciso de planitude exata talvez.

Aquela mulher ou aquele homem
eles se misturam...
isso não é vago!
Não queria os três pontos. Essas reticências infinitas que nos deixam inexatos e naquela constante busca do que se pode vir depois daquilo.
Ontem eu o vi.
Eu vi?!
Eu senti talvez...
VAGO!VAGO!VAGO!
REPETITIVAMENTE VAGO E INEXATO!
Viva ao ''i'' ao ''nexo'' ao ''ato''!
Viva ao que percorre esse ciclo de buscas inexas e totalmente nexas que envolvem o ato que gera aquilo que se quer ou se pensa.
Una. É o necessário.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Um retrato da humanidade

Se a população mundial estivesse toda representada em uma vila de 100 habitantes, haveria 63 asiáticos, 13 africanos, 10 europeus, 9 sul-americanos, e 5 norte-americanos. Esses poucos norte-americanos seriam donos de 59% de toda riqueza da vila; 80 pessoas viveriam em habitações precárias; 70 seriam analfabetos e 50, malnutridas.
A globalização econômica, que beneficia muitas pessoas, ainda não conseguiu reduzir as desigualdades sobre as quais as sociedades humanas construíram seu progresso. Um único morados da califórnia consome mais porteínas, água, gasolina e eletricidade que toda uma vila do Sudeste Asiático.



(Adaptado de: Veja, 27/01/2001.)

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Ser Brasileiro

"Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil. E realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado. Só existe uma companhia telefônica e (pasmem!) se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado. Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos - antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne. Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta. Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador. Em Paris, os garçons sao conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir para lá dar aulas de como conquistar o cliente."Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos. O Brasil tem uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa. Os brasileiros são vítimas de vários crimes contra sua pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que tem muitas razões para resgatar as raízes culturais.
Os dados são da Antropos Consulting: 1-O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial. 2-O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma. 3-Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária. 4-Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atençãode uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo. 5-Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina. 6-No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas eoutras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma. 7-Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando. 8-O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650mil novas habilitações a cada mês. 9-Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.10-Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina. 11-O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos. 12-Por que nao se orgulhar em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano? 13- Que o Brasil tem o mais moderno sistema bancário do planeta? 14-Que as agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais? 15-Por que não se fala que o Brasil é o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários? 16-Por que não dizer que o Brasil é hoje a terceira maior democracia do mundo? 17-Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados? 18-Por que não lembrar que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem? 19-Por que não se orgulhar de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando. É! O Brasil é um paísa bençoado de fato. 20-Que os brasileiros são considerados os maiores amantes do mundo, enquanto que os ingleses e os árabes são os piores? 21-Que os brasileiros tomam banho todos os dias, às vezes mais de um por dia enquanto que os europeus tomam em média um por semana? O país do mundo onde a Gessy Lever mais vende sabonetes é o Brasil. Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos. Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques. Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente. Por que o brasileiro tem a mania de só ser nacionalista e patriota durante a Copa do Mundo? Se fosse assim todos os dias, vibrador como é durante a Copa, talvez hoje o Brasil seria uma super potência...Bendita seja, querida pátria chamada Brasil!"

COMENTÁRIOS DE UMA HOLANDESA SOBRE O BRASIL.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Modificar

Comece saindo da rotina que nos consome, das regras que são impostas, da linha reta que "temos" que seguir. Por que, durante o percurso de uma linha reta na vertical não pode haver fugas na horizontal? Temos tempo, liberdade e muito direito de escolha. É regra, acabar o colégio, prestar vestibular, acabar a faculdade, fazer pós, doutorado...? Altere a forma de pensar, o apego exagerado à família, que é sim importante, mas não dá pra viver nas "asas" dela. Crie independência, tenha personalidade, busque os seus sonhos. Mude de estado, cidade, país, o que for, ou apenas mude. Altere sua forma de pensar.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Nossa revolução!!!

Lembro quando era pequena,meu pai escolhia um CD e o colocava no som em um volume tão estridente que chegava a ser quase irritante para quem não fosse sua filha,e ao longo do dia ia trocando-o por outro.
aquele som que saia parecia um truque mágico para a minha cabeça de criança,não pelo que causava em mim até porque acho que nem prestava muito atenção nele,fixava no efeito que ele surtia para as pessoas que estavam ao redor,acho que alguém que as visse falaria que estavam imitando variados bichos,determinados por cada música que tocava o ambiente.
Até que sempre chegava a hora dos CDS esgotarem e a hora dos instrumentos falarem ou encenarem invadia o espaço em um sutil toque mágico,o que mais me impressionava era a batida do violão,mas não era uma simples batida,era como se o som se manifestasse e causasse uma revolução,mas nunca era em vão ele sempre saia vitorioso por comover as pessoas,o ambiente e principalmente a mim.
As pessoas cantavam,se movimentavam,não ficavam um instante paradas parecia que estavam sempre em festa,era uma alegria contagiante se bem que nem sabia o que era alegria,mas sempre sentia uma coisa boa me rodear me possuir.
Quando não tinha as pessoas,não deixava de existir o som,a música,e tendo-a tinha energia,sentimentos,versos,não precisava nem ter letras,mas tinha sempre a poesia,a palavra subentendida para nos comover e nos mover.
Hoje em dia ainda há o som,todos os versos,talvez mais do que isso,há a arte para ser devorada,mas não posso ficar aqui sempre e saio pela rua,converso com as pessoas e até tenho fome delas.
Nas pessoas encontro coisas muito boas mas também muito ruins,como não se contagiar pela revolução que o som pode causar, não se contagiar pelo que a música pode reascender ou simplesmente apagar, não se contagiar pelo sentimento que também fala,canta,grita através de notas,acordes,tons,melodias.
E voltando para casa tenho medo que algum dia a música de verdade seja deixada para lá,seja substituída como já estar sendo aos poucos por músicas que não são tocadas para sentir,para pensar,para nos provocar sublimações e sim para mexer o traseiro.
É triste,antigamente a maioria dos jovens faziam músicas,criavam sons,vestiam-se de informações e movimentavam-se e hoje o que fazemos?aceitamos o que passa em qualquer rádio,e saímos cantando pelas ruas músicas a favor da revolução das bundas.
O pior de tudo é ver mulheres imitando as que estão no palco,se rebaixando com as letras promiscuas cantadas com muita satisfação e tesão pelos homens e fazendo a lei da sociedade patriarcal chacoalhar literalmente na “música”.

fazer o que,essa é a manifestação da nossa geração.
então...viva as bundas suculentas!!

terça-feira, 10 de julho de 2007

o excesso de consequências me fez tomar decisões
e agir.
simples assim.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Retrato de um sururu de capote



“A gente olha pro passado e vê como a gente era no início da adolescência, não usávamos drogas, vivíamos em perfeita harmonia com a família, nada de ruim acontecia, quando vemos agora, apesar de tudo, jogados nesse mundo obscuro e contrariado, não recuperado, mas em processo de recuperação, você olha pelo retrovisor do carro e vê o seu passado, tudo era mais bonito”. Esse é o depoimento de um rapaz de classe média, que não é preciso entrar em detalhes. É, o que ele citou é o que a gente realmente vê no meio em que vivemos, é só termos um pequeno ou grande deslize que já temos a quem recorrer, à nossa família, aos amigos, às clínicas, ou até mesmo virando as páginas do nosso antigo e esquecido diário.

Acontece que nós temos o privilégio de poder olhar pro passado, ver como nossa infância era cheia de beleza, de glórias. Já quem mora em uma favela, não tem passado pra olhar, nem família pra ajudar e muito menos amigos com quem contar. Moradores de bairros pobres são acostumados com esse tipo de vida, tráfico, drogas, morte, traição, desde que começaram a ter noção do que é viver. É muito simples pra gente olhar pra trás e ver como tudo era diferente, e olhando com esses olhos, não é tão complicado mudar, voltar a ser o que era antes. Mas pra eles a realidade torna-se muito dolorosa. O passado é igual ao presente e provavelmente do mesmo jeito que será o futuro. Você sai de um barracão da favela e já dá de cara com alguém vendendo fumo ou fazendo o uso deste. Cresce ao redor de toda a maldade e falta de amor possíveis. Para muitos, o único meio de sobrevivência é entregar-se ao consumo de drogas ilícitas ou contribuir efetivamente com o tráfico, sendo apenas o “mensageiro”, pra mais tarde vender, usar entorpecentes e carregando, claro, o metal pra se proteger. Agora responda, nessas circunstâncias, é tão fácil mudar por espontânea vontade? Não. Pois seus amigos são traficantes ou usuários, alguém da sua família só vive bêbado e quando você sai de casa não encontra nada além daquilo o que te destrói.

Nesse tipo de vida não há retrovisor, muitas vezes nenhuma alma solidária, quase nenhum grupo de apoio, ficando realmente difícil a escapatória, pois tudo o que eles vêem como forma de sobrevivência é se entregando ao que é “normal” para a maioria dali. São pouquíssimos os que saem da favela com o propósito de estudar, ter uma vida melhor, eles estão subordinados a tudo aquilo como se estivessem nascidos e predestinados a fazer tais atos. É a falta de formação e informação.

A gente tem o costume de botar a culpa de todos esses acontecimentos no governo, mas não é bem assim. Não é só do governo que as atitudes tem que partir, mas de cada cidadão. As pessoas reclamam, reclamam, botam a culpa em Deus e no mundo, mas nada fazem. Quer que o mundo mude? Tente mudá-lo, não deixe pra depois ou pra outro alguém. Não precisa ser político, doutor, diplomata, professor, basta ter boa vontade. O mundo está decaindo, mas não é o aquecimento global que ta fazendo isso não, somos nós mesmo que o estamos destruindo, não ele em si, mas as pessoas que residem nele, que o faz entrar em processo de decadência interior.

Quando você abre o olho pode entrar nele um cisco, um mosquito, a cinza de um cigarro, mas a partir do momento que você tem coragem de abri-lo e ver o despertar da realidade é maravilhoso, excepcional. Tirar o cisco do olho de quem vive com ele aberto, não é complicado, muito menos difícil, é só um simples sopro. Fechar os olhos não vai te proteger da realidade, só sendo vantajoso para os que necessitam de bons sonhos, apenas sonhos.

Eu também prefiro as crianças assim, feito as que estão na foto. Nem que seja um Bom Dia bem dado, uma canção bem recebida, um abraço, um simples ato de carinho. Nós precisamos, eles também precisam. Não é só dinheiro, não é só comida, nem brinquedos. Falta amor pra essas crianças também, o que é mais do que necessário. Doe um pouco de amor.

domingo, 24 de junho de 2007

"lugar onde se recolhem e tratam animais abandonados", talvez essa seja a descrição correta para remeter ao lugar que nós visitamos. O local é precário, hostil, sem cor, mas foi possível conhecer pessoas bem interessantes, que nos fizeram rir no primeiro momento e logo sentir medo por suas instabilidades mentais.
Eu, particularmente, saí como se tivesse totalmente tocada, literalmente tocada, como se cada energia negativa tivesse ficado em mim, como se cada olhar de curiosidade tivesse me deixado aflita. É importante ressaltar que não é o tipo de coisa fácil de fazer, no meu caso, fez mal, mas foi um experiência e tanto, que ajudou e ajuda a construir certo conceitos e acrescentar conhecimento.
Alguns alí passam 45, 30 dias internados, mas logo estão na rua, consumindo drogas,
praticando "crimes", sofrendo abusos sexuais...
O local também abriga dependentes químicos, que por incrível que pareça, utilizam a droga no próprio pátio, sem o menor medo de serem apreendidos. Não sei o que eles fazem por lá.
Conhecemos uma "sala" de pintura, de artes... Talvez alí seja o local onde todos deveriam estar
sendo incentivados a criar, e pintar o que quiserem, mas vimos apenas uma "artista" fazendo um trabalho um tanto que repetitivo, não dava pra saber se era por livre e espontânea vontade... Ou apenas uma obrigação.
Diante de tantas dificuldades sobram certas(muitas) dúvidas sobre o que é ser normal... Vai saber, né

terça-feira, 12 de junho de 2007

quinta-feira, 17 de maio de 2007

SOS?

Por que não ir ao encontro dos maiores medos que nos fazem oprimidos? Buscar nossos maiores sonhos que nos fazem idealizar um mundo, instiga-te a desejar.
Se não fosse assim, não seria de outro jeito? Seria, eis que somos uma constante metamorfose, desde do momento em que ocorre permutações em nossos genes, até as modificações impostas pela sociedade, que de social, nada tem! Está mais para animais gregários...
Todos são efeito, contra-efeito, de um meio; toda ação tem sua reação. Mas de tanto proferir, muitos estão acomodados, e esquecem que em meio a tantas ações nós podemos ser os reagentes.
O que nos faz melhor? (...)
O que te faz pensar que o continente africano se encontra acima dos países mais desenvolvidos? O aspecto ético.
Porque os países que são causadores dos maiores problemas ambientais, que propiciam as maiores guerras, são melhores do que o continente africano?
Levando em consideração a forma como os trabalhadores africanos agem, pode-se dizer que eles são melhores. Ainda é possível encontrar um meio 'social' onde o trabalho conjunto é em prol de uma melhora do todo. Há ajuda mútua. Apesar de toda uma condição precária, na área rural e na maioria do continente, eles buscam uma condição mais próspera, mas não em cima de uma ascensão enconômica individual e sim em busca de uma vida digna, para todos. Mas mesmo assim, alguns ainda teimam dizendo que os "Outros" são melhores...
Ou mudamos, ou pereceremos.
Trágico, não?

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Penso.Dúvida?


Têm dias que a gente pensa, têm dias que a gente pensa e pensa e pensa de novo e simplesmente só pensa. Mas têm dias que a gente pensa e não existe real, só aquilo que a gente não sabe se é possível saber se sempre ou se nunca. Têm horas que a gente some e enxerga o nítido da vida, mas aquilo some como um apagão no infinito imaginário. É... existem dias, horas, momentos e criações do ser que não dá pra entender o por quê. E a gente aceita, nós, seres humanos, aceitamos e vivemos. A tensão de cada parada, de cada olhar, de cada sentido... são todos misturas de envoltórios dos nossos pensamentos mais imprevisíveis. Mas... têm dias que eu paro e reflito que parar é essencial, mas parar pensando é tenso.

domingo, 13 de maio de 2007

Relato

Eu voltei pra minha terra e a esperança que eu tinha era de que tudo tinha mudado pra melhor. Quando eu cheguei não havia mais peixes pra pescar, pois os maiores tinham derrubado o mar, feito dele um depósito de lixo, onde parecia que tinha mais poluição do que água. E os peixes? Aonde eu estava todos eram todos tão lindos, vivendo numa harmonia que qualquer um notaria. Aqui nem sei se eles existem mais, tenho a ilusão de que eles talvez tenham migrado para o mar leste, ou até mesmo para onde eu estava, e quem sabe um dia possam voltar pra sua casa, não só sua, como de mais muitos outros seres que o bicho homem insiste em deixar evaporar. O cheiro antes era de mar aberto, o odor de peixe na sua pele, cabelo, roupa, e apesar de tudo era agradável, aquele cheiro da natureza se expandindo pelos arredores. Hoje o cheiro que eu sinto é de fumaça, não aquelas de fogueiras de São João e de acampamentos que a gente ta acostumado a sentir aqui, mas aquela fumaça asquerosa, com cheiro de plástico queimado que é produzida por aqueles canudos gigantes, e o que dizem é que serve para fazer coisas que no futuro virão pro nosso bem, pelo menos é o que dizem por aqui, mas eu não sei não. E é incrível o poder que os maiores tem de mudar tudo de uma hora pra outra, fazer com que uma simples aldeia de pescadores vire uma floresta, mas não de árvores como as outras, e sim de canudos gigantes. As nossas barracas deram lugar à casarões feios, parecidos com um mini shopin center, daqueles que a gente vê na cidade quando vai ao mercado.

O que eu penso agora é que do jeito que as coisas andam, daqui a alguns anos os moradores da cidade, sim meu amigo, aqueles que vêm pra cá em busca de refúgio ou apenas pra comprar do nosso delicioso peixe, não poderão mais fazer isso, serão humanos limitados ao que a cidade insiste em lhes proporcionar.

Até agora eu não pensei no que vai ser de mim, afinal, tudo o que deixei aqui parece ter se deslocado, mudado de lugar. O que eu vou pescar? Latinhas pra dar de comer aos robôs? Porque é só isso que agora tem no mar. E pra que serve essa montoeira de lixo espalhada no meio de um oceano? Se a gente não vai pescar e nem re-utilizar? Servem para, mais uma vez, destruir o que a natureza implantou. É desgastante ver no seu anzol um pedaço de plástico preso, um sapato, uma lata de cerveja. Da próxima vez botarei um imã ao invés de colocar a minhoca para ver se atraio algum pedaço de ferro que me seja útil, porque peixe eu vejo que não dá.

Encontrei um antigo companheiro de pescadas que costumava dirigir um barco com aparência de fraco mas muito poderoso, cara de boa, sempre disposto a ajudar os outros, com aquele bigode de homem trabalhador, batizado Jurandir, mas tinha algo errado, Jurandir não estava com aquelas vestimentas rudes, típicas de seu cotidiano, no lugar vestia um macacão cinzento com umas logomarcas que na hora não consegui identificar. Perguntei o que estava acontecendo, pois tudo estava diferente, e o que mais me cutucava era o fato de não ter encontrado meus outros companheiros pescadores. A resposta dele foi curta e objetiva, disse que ia em direção a um local chamado “indústria de cosméticos de santa luzia”, que estava atrasado pois o estavam esperando, jogou o vasilhame com os restos de almoço no mar, sim no mar, quem diria, e saiu às pressas. Só depois disso entendi o agravamento da situação, essa tal indústria era o nome dado aos canudos gigantes, e todos os pescadores que residiam nas antigas barracas hoje são trabalhadores remunerados com um salário mínimo, que era a única coisa que agora a aldeia lhes proporcionava, ah, e não posso mais chamá-la de aldeia, até novo nome deram, agora é “Complexo Industrial de Santa Luzia”.

O que mais me revolta é saber que todos assistiram isso acontecer de perto e nada fizeram, o pior também é saber que eu estou sujeito a esse mesmo futuro indesejável que acaba sendo o mesmo para todos os moradores das aldeias por aí existentes. Que culpa tenho eu? Era um simples pescador que depois de uns dias dentro do mar em busca de mais uma vitória naquele oceano, queria apenas levar o meu peixe, me alimentar e alimentar outras famílias também. O destino aprontou uma comigo e me levou à um local totalmente desconhecido, uma ilha, foi, eu naufraguei. Passei 6 anos vivendo de água de coco, carne de um animal que nunca soube o nome, plantas que eu nem sabia a origem e, pra piorar, sozinho. Aprendi muitas coisas comigo mesmo, aprendi a me conhecer, a dar valor ao que a natureza nos proporciona. E quando finalmente me encontraram, achei que veria aqui um mundo novo mas não com os costumes tão modificados, que estaria toda a aldeia me esperando, teriam bailes, rezas, agradecimentos, perguntas, respostas. O que eu encontrei foi um mundo mais desconhecido do que eu vi quando cheguei àquela ilha, irreconhecível até para os olhos de quem está acostumado com tudo isso. Eu tinha muitas perguntas, mas ninguém sabia me responder. Os bailes eram denominados boates. As rezas deixaram de ser diárias para se tornarem anual. Agradecimentos? À quem?. Penso que seria melhor eu ter ficado lá até os últimos dias da minha vida, pelo menos o meu destino seria diferente do das milhares de pessoas que convivem com essa trajetória mal feita do destino. Morreria feliz por saber que tudo estava bem, pelo menos a ilusão ia me proporcionar algo fantasioso e prazeroso, que é o que eu não encontro agora. E os grandes se acham num local tão elevado que mal sabem eles que são os que mais perdem, perdem a sabedoria que eles tanto prezam ao levar a vida por valores imorais, acabando com a vida de qualquer um que não se submeta aos seus gostos e prazeres, querem brincar de ser deus e dessa brincadeira eles entendem. E o que resta aos desprivilegiados de tal poder? Serem seus brinquedos, pois são tão poderosos que são realmente capazes de mudar tudo em uma fração de segundos.

Sabe o que eu sinto em relação a tudo isso? Nojo dos grandes por terem a cabeça entupida de pensamentos irracionais, e tristeza pelo destino dos que estão obrigados a conviver com a inconseqüência destes outros.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Ditadura do acerto

Dizem por ai, que o ser humano é feito de carne e osso, e acredito que movido por sentimentos ou instintos,sejam eles positivos ou não.Com a ajuda do tempo o homem evolui,regride ou apenas estagna em sua posição
De origem.
Milênios passam,anos terminam,as horas marcam,segundos matam e o tempo se insere nessa fragmentação eterna.com sua ajuda,o homem é pressionado a acelerar,ser uma máquina que pensa,age,sente,fala,escuta,
Respira e que ainda tem que evoluir. Talvez seja por isso que alguns não agüentam,e simplesmente decidem finalizar com seu presente e com o próximo futuro.
Ser humano,é difícil,muito complicado,talvez a maior missão que é imposta a nós,pobres animais domesticados.Eu como menina,criança para alguns,adolescente para outros,ainda não consegui talvez nem percorrer o caminho certo para seguir essa missão,pois é,essa missão não se consegue,se pratica,se mantém e apenas com o nosso assassino,o próprio tempo, se solidifica e se finca.
Os sentimentos nos substanciam,nos completam,nos fazem sentir vivos Ou até a anestesia da morte(a utopia sentimental de quem é vivo).são eles os órgãos mais poderosos que somos dotados,pois são ocultos,talvez discretos e para serem expostos precisa-se de um ato ou apenas de um bom observador.Que arma mais poderosa poderia existir?Pois é,os instintos,a resposta que nos faz lembrar que somos animais,e por mais que sejamos considerados pessoas corretas,leais ou integras eles vêm a tona e nos viram a cabeça,ativa apenas os sentimentos que são seus aliados.
Decisões são tomadas,são medidas,sofridas, e o pior de tudo são julgadas também até pelos outros,animais que formam uma mesma sentença.Além da existência do autoritário tempo,há os supremos animais que nos Sufocam,nos julgam antecipadamente,em condições de reis da sabedoria.

As pessoas acertam e ás vezes são exaltadas ou recebem um sorriso de lado,mas quando erram são descartadas como um simples objeto sem valor, Enferrujado,sem utilidade.....um ser falsificado.
Além do ser humano precisar se transformar em máquina,ele tem que aprender a viver no mundo dos acertos,da ditadura da perfeição.Mas infelizmente não sou tão integra e correta assim,meu castigo foi ser descartada,minha sentença foi ser um objeto enferrujado,falsificado,meu crime foi Errar...É,desculpa,eu acreditei quando me disseram que era feita de carne e osso!

quarta-feira, 9 de maio de 2007

PLANO DE FUNDO


Olhamos mas não vemos. Isso é o que ocorre todos dias com todos nós ao seguirmos nossa rotina. Passamos por família nas ruas que não têm o que comer, beber ou vestir, e apenas passamos direto, como se estivesse tudo bem.
Ouvimos mas não escutamos de verdade. Crianças que não têm nem oportunidade de freqüentar uma escola ou viver sua infância nos pedem um trocadinho enquanto estamos parados nos sinais, e nem damos valor. Crianças que são obrigadas a assumir pesadas responsabilidades precocemente, que vivem em condições humilhantes, sendo exploradas. Quando ajudamos com 50 centavos que não nos farão faltas, achamos que já fizemos a nossa parte.
Pais são levados ao roubo de comida para livrar sua família da inanição e são presos. Políticos roubam milhões para suprir mimos e ficam livres.
Se nem a lei nem a sociedade dão valor à classe mais baixa, por que esta tem que respeitar as leis da sociedade? Tecnicamente todos têm direito à saúde e educação, direitos primordiais que certas classes são privadas.
A verdade, assim como o certo e o errado, passou a ser a vontade dos mais poderosos. Então alguém me responda, por favor... Aonde o mundo vai parar, se até a esperança de alguns jovens já está se acabando?

sábado, 5 de maio de 2007


Nasci nas plantas, me ensinaram que o primeiro suspiro para cada ato,devo cultivar com elas e assim fui fazendo. Me espichando,me espreguiçando,sempre rodeada pelo cheiro de terra,pelo cheiro dos polens,pelo cheiro do verde.
Minha maior mania é se esfregar na terra, que mergulha as plantas e logo mergulha a mim. Nesse nado, não sei dizer ao certo quantas minhocas entrego ao meu prazer, quantos micróbios tenho que engolir e quantas bactérias dominam meu corpo, quase minha voz,mas felizmente ou infelizmente não conseguem por completo.
As pedras que convivem ao meu lado e perdidas como eu entre as plantas,têm um imenso hábito de questionar-me pelas minhas manias,hábitos,gostos.Não conseguem entender como alguém pode se deliciar penetrando na terra,se sempre volto com muitos cortes,feridas,infecções,mas nunca fortes o bastante para convencer-me que devo extinguir esse hábito.
Sei lá,acho tão fascinante essa terra que mergulho,é tudo muito estranho,inexplicável,escuro,ás vezes acho claridade,mas é muito fácil de apaga-la.Ah se soubesse uma maneira de deixa-la continua,apagaria apenas para que as pequenas criaturas podessem descansar um pouco.Dizem que claridade demais pode cegar,assim como de uma profunda escuridão pode fazer um cego enxergar.
Tenho tanto medo de ficar apenas aqui na superfície, observando
as plantas crescerem,a formação de pedras que aparece cada vez mais,o vento ventando apenas as plantas que estão lá no alto...
Quer dizer, assim, às vezes o vento passa por algumas pedras,mas nem sentem direito a sensação,o alivio,o frescor enfim, a dádiva de senti-lo;Acho que é porque estão tão sujas de ficar rolando pela terra.Fazem de tudo para serem verdes como as plantas,mas não porque acham bonito,mas porque com o verde é mais fácil de serem valorizadas pela luz do senhor sol.
ué?ouviu isso amigo caule???mãe Água está me chamando!!Preciso ir,agora está ficando cada vez mais raro ela vir por aqui,sabe né?!essas pedras estão tratando-a com tanta brutalidade e deslealdade,qual ser gosta de ser tratado assim?!
Eu volto,para brincarmos juntos de luta por um verdadeiro vento.

(Palavras de uma possível semente).

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Aforismo

O ser humano é conivente até o momento em que ele não é afetado, estamos numa sociedade individualista. Na quinta-feira, não mudando o costume, nossa professora nos inquietou com suas histórias e esclarecimentos sobre a complexa condição social no mundo. Quando nós temos o papel de platéia em uma sociedade, e muitas vezes assistimos sentandos ao que está, por completo, de encontro ao que julgamos ser 'correto', nos tornamos cúmplices do erro. Quantas vezes já foi falado sobre a precária situação do meio-ambiente, não me refiro unicamente ao Brasil, mas dou ênfase ao país que possui 25% da água potável no mundo e não percebe que precisamos de uma conscientização ambiental, informação. Por que, em meio a tanta tecnologia, e tantos investimentos na mesma, o Estado não se propõe a implementar uma política que livre da ruína a nossa fauna e flora? Talvez os interesses sejam outros, o mundo de hoje está pouco se importando com o que pode vir a acontecer com o passar dos anos, "não estaremos mais aqui", pois é, escuto isso sempre quando tento questionar o porque que deixar de jogar um papel pela janela do carro é tão difícil. Suponho que não seja necessário citar cada catástrofe que já nos fez perder tantos rios, animais e árvores para deixar clara a situação. Informação, não falta. Vontade, temos sempre... Mas parece que niguém se sente responsável por tentar mudar uma condição, o governo é sempre o que tem que responder pela mudança, se ele não o faz porque logo nós, que somos alvos dos juros mais altos, da violência, temos que nos prontificar? A sociedade é circunstância notável quando falamos de poder, afinal, somos nós que escolhemos as peças que compõe a parte mais importante do jogo. Se é imposto para nós que sejamos individualistas, porque não levar o sentido real da palavra, para prática? "Existência individual", não precisamos esperar que aquele que está ao seu lado apanhe o primeiro papel no chão, para começarmos a fazer o mesmo. Muitos jovens se dizem indiferentes a qualquer problema que não faça parte do seu mundo. E agora, onde está o futuro da nação? Acreditar que somos capazes é o mais importante!
É i
mprescindível que os adultos do amanhã não estagnem em uma situação que já é precária, mexam-se, saiam da platéia e tornem-se atores, escolham uma melhor condição de vida para todos!

quarta-feira, 2 de maio de 2007

A cultura musical brasileira e sua decadência

Começarei esse texto fazendo uma retrospectiva do trajeto musical no Brasil. Antes de sua colonização, o Brasil, tendo seu povo natural indígena, começava a dar inicio aos acordes produzidos através de instrumentos rudimentares. No início da colonização, onde a cultura dos portugueses foi introduzida à nossa, o ritmo começou a ficar influenciado pelos povos estrangeiros, sendo eles europeus ou africanos, com características tanto nacionais como internacionais. Com o passar do tempo vários estilos musicais foram introduzidos à nossa cultura, como o tango, a valsa e outros diversos. Alguns gêneros oriundos de culturas estrangeiras acabaram se abrasileirando e tornando-se artefato exclusivo da nossa parte cultural.

Veio o Chorinho, o samba e a festa que é o carnaval, o contato corporal do baião, a Bossa Nova, sofisticada, renovadora e ao mesmo tempo suave, a jovem guarda que revolucionou o cenário musical do Brasil, com influências do rock internacional, o funk. Chegou a era mais influenciada por estilos internacionais, o rock, o punk, metal. Surgiu a música sertaneja, o country, o frevo, o rap, o reggae, o axé, e muitos outros derivados. Enfim, não podemos deixar de ressaltar que o Brasil, no decorrer de sua história, sofreu demasiadas influências internacionais introduzindo na sua cultura musical ritmos de todos os tipos e gostos.

Já fiz a retrospectiva, agora vou começar a dizer tudo aquilo que as pessoas estão ou não acostumadas a ouvir. Diante de todas essas influências, de toda a evolução tecnológica e mental decorrente em todo o mundo, as transformações musicais foram cada vez mais visíveis na sociedade brasileira. Mais visível ainda foi a rapidez de como tudo isso aconteceu, é você olhar pra trás e se dar conta de como tudo se transformou assim, de uma hora pra outra, o que antes era apreciado na nossa música hoje em dia é tratado com desprezo por muitos jovens atuais. Músicas inteligentes, com caráter histórico, com um instrumental deslumbrante, muitas vezes abrangendo temas marcantes da atualidade, de protesto, foram substituídas por letras, muitas vezes, com um caráter totalmente diferente do que era antes, aconteceu uma regressão musical. O que acontece é que tudo isso foi muito mal substituído! É inacreditável seus pais estarem escutando Cartola e você declarar como inaudível, música de velho, colocar na 96 FM e escutar a banda Calcinha Preta, veja bem, tocar. É delirante você ouvir seu pai escutar Cálice da autoria de Chico Buarque e dizer que a letra é horrível, sem sentido, não tendo ao menos a noção do que você está dizendo (sim, eu fiz isso há alguns anos atrás). É você ter o desgosto de passar na rua e ouvir a todo o tempo músicas com melodias iguais às outras, com letras iguais às outras, com estilos igual aos outros. É você ligar a tv no dia de domingo e ouvir os mesmos cantores sempre, sim, aqueles que cantam “pega na bundinha”, “meu amor vem requebrar”, “eu te amo e não vou te deixar”.

E dá um desgosto sabe, você olhar pro passado e ver o quanto tudo era mais bonito, diferente, e o pior, o que era pra ser um exercício físico e mental, hoje está resumido para físico apenas. O mental se dissolveu nas águas do passado, foi completamente esquecido. O que temos hoje? Ritmos musicais aonde os jovens precisam de drogas ilícitas para dançar a noite toda, para se “divertir” com os tais dos sons computadorizados.

Tuntz tuntz, esse é o som do futuro. Tudo o que hoje é passado amanhã não vai ser mais. A nossa MÚSICA vai ser esquecida pelos novos jovens como já está sendo. Chico Buarque, Cássia Eller, Raul Seixas, Rita Lee, Cartola, Jorge Ben, Djavan, Emílio Santiago. Quem foram eles? Ah, não sei, deve ser música de velho, a nova onda são as mulheres lindas de peito e traseiro grande cantando e dançando e, claro, aquela velha musiquinha internacional. Essa vai ser a resposta. Cadê as poesias musicais? As melodias bem elaboradas? As músicas de protesto? Cadê a cultura nacional? Cadê? É...e como Renato Russo já dizia: “Geração Coca-Cola”.

09/2006

sábado, 28 de abril de 2007

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Inexacto

Os seres humanos são naturalmente diferentes quanto ao seu fenótipo ou à sua conformação sexual. Nenhuma dessas diferenças deveria implicar uma posição de desigualdade social. No entanto, é com base nelas, que uns se consideram superiores aos outros.
No mundo antigo e medieval, a desigualdade sempre foi o princípio dominante e incontestado. As sociedades eram divididas em estamentos, ordens ou castas. Pessoas eram consideradas livres e iguais em direitos, de acordo com sua situação, sendo estabelecido como inferiores: mulheres, estrangeiros e escravos, em sua maioria. O regime econômico que nos rege deixa clara a situação estabelecida há anos. As desigualdades de posição social sempre foram de duas ordens: sistema de privilégios ou com fundamento na riqueza patrimonial.
A existência da sociedade política é a necessidade de garantir a todos uma proteção contra os riscos de fome, falta de moradia, ou assédio de outros grupos humanos. Nada de muito diferente dos riscos que sempre ameaçaram a sobrevivência dos animais que vivem em rebanhos.
Todavia, a proteção dos direitos básicos nunca foi o bastante. O ser humano jamais se contentou com o 'apenas sobreviver', sempre buscam o algo mais, uma melhor condição de vida sob todos os aspectos. A sociedade estipula quem deve ser o melhor, ou o pior, censuram àqueles que têm uma opção religiosa ou cultural diferente da maioria. Os países que adotaram o avanço tecnológico como característica marcante, 'o mundo moderno', que se dizem obstantes aos preconceitos ditos como retardatários, acabam se contradizendo quando passam a julgar o certo e o errado sob o aspecto ético. Os povos não têm o direito de julgar o bem e o mal, visto que o padrão supremo da moralidade varia, de uma civilização para outra, de uma época histórica para outra. Os países do ocidente, grandes causadores das maiores atrocidades já vistas, serão os últimos com autoridade moral para fazer acusações sobre os diferentes costumes mulçumanos que propiciam perdas.

Em qualquer hipótese, é preciso entender que as diferenças, sejam elas quais forem, são valores humanos da maior importância e devem ser universalmente respeitados e protegidos.

sábado, 21 de abril de 2007

Perante

Queremos que rezem o terço de uma próspera solução,que os santos cultivem seus pecados e ajoelhem-se ao próximo ato de coragem e se sentirem os mesmos pregos que nos perfuram ao estender a nossa bandeira rendam-se mais uma vez,mas para um digno amanhã e um autódromo com apenas uma colocação para vários bravos campeões.
Há salvação no olhar de cada cérebro em prisão,direcionemos a visão ao chão que limpamos com o próprio estandarte,mas que não fiquemos paralisados e de susto morramos estupefatos, parados,anexados.
O grito da multidão anoitece,não migra mais ao lar dos desgraçados.A mortalha pode ser rasgada,estraçalhada pelos “iludidos ou pelos putos”.Dos mamilos transborda leite poluído,das tetas pinga ácido sulfúrico e do cordão umbilical nacional o que futuramente passará?

terça-feira, 17 de abril de 2007

Bom dia, boa tarde, boa noite. É disso que precisamos, afinal. Não um singelo “Bom Dia” que nós ouvimos da moça do telejornal, mas o “Bom Dia!” que você dá ao seu amigo da escola. Tudo o que nós queremos é que o “Bom Dia!” seja realmente concretizado. O bom dia com a exclamação, que exala o desejo de realmente ter um bom dia. Desde a Idade Iniciante (quando tudo começou) os habitantes desejam um bom dia, uma boa tarde ou apenas uma boa noite. Será que algum dia a humanidade terá um “Bom Dia!”? Ou vai ficar pra toda a eternidade com o “Bom Dia”? A gente fica só na palavra, mas isso não vai ser pra sempre, o “Bom Dia!” vai chegar, é preciso mobilização. Queremos através desse blog, não só movimentar vocês leitores mas a gente também. Nossa geração está repleta de futilidade e isso a gente não pode negar, são poucos os que se IMPORTAM. Por enquanto faremos desse blog só a palavra, tentando transformar o pensamento de pelo menos um, ou dois, ou até o nosso pensamento. Planejamos agir, não como os adolescentes inconseqüentes que somos, pretendemos fazer sair o espírito revolucionário que guardamos dentro da gente.

A Hipotenusa Estudantil tem como objetivo conscientizar e, mais tarde, agir. Estaremos propondo maneiras de fazer o tal do “algo mais” e tentando passar à vocês, jovens, as nossas opiniões, frustrações com o todo, inclusive nós mesmos. Não queremos ser “mais alguns” queremos ser um alguém. Não é da boca pra fora que dizem que o futuro à nós pertence, mas precisamos pensar no presente pra que nos reste algum futuro, não é verdade?

Vamos brincar de matemática e formar a Hipotenusa. Onde a soma dos fatores alteram sim o produto e onde o cateto oposto não está apenas do outro lado do ângulo. Mudar não é só legal, é necessário.

Bom Dia!